29 janeiro 2010

Livro "Internet na América Latina"


A INTERNET NA AMÉRICA LATINA

organização: Suely Fragoso e Alberto Efendy Maldonado
(Coleção Cibercultura-Editora Sulina)


Esta coletânea reúne autores de referência no debate sobre a abrangência e o uso da internet na América Latina. O livro foi pensado e produzido tendo em mente a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre as particularidades da realidade latino-americana em geral, a partir da identificação e debate das idiossincrasias da penetração do uso da internet na região.

Na impossibilidade de dar conta de todo o continente em um único volume, esta obra se concentra sobre as estratégias políticas e panoramas de estruturação da internet em três importantes países da América Latina, a saber, México, Argentina e Brasil. Juntos, eles constituem os principais contextos de geração de conhecimento e concentram 59% da população na região.

Autores: Suely Fragoso, Alberto Efendy Maldonado, Delia Crovi Druetta, Sérgio Amadeu, Adilson Cabral, Guttenberg Coutinho, Octavio Islãs, Maria Cristina Mata, Daniela Monje, Verônica Mammana, Valeria Meirovich, Adriana Peresini, Juciano de Sousa Lacerda, Raúl Fuentes Navarro


Capa: Fernanda Dalprá Becker

R$ 35,00

Nº de páginas: 212

ISBN: 978-85-205-0538-0

Departamento editorial e divulgação: (51) 3019 2102



Editora Meridional/Sulina
www.editorasulina.com.br
Tel (51) 3311-4082
Fax (51) 3264-4194

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18 janeiro 2010

Jornalismo criador de crises

O Jornalismo brasileiro transformou-se num criador de casos, para não dizer de causos. A representação social produzida pela nossa imprensa e nosso jornalismo televisivo é de que o Brasil vive uma crise atrás da outra. No entanto, o que os analistas percebem é justamente uma seqüência de coberturas insandecidas, capitaneadas pela Associação Nacional dos Jornais, que primeiro atira e depois pergunta "quem vem lá", segundo Alberto Dines, do Observatório da Imprensa.

Outra crise produzida pelos jornais foi entre o Brasil e Estados Unidos, na reorganização do Haiti desolado pelo recente terremoto, deduzindo que os EUA iriam tirar o Brasil da coordenação das atividades de paz no país. Puro engodo jornalístico, segundo Luciano Martins da Costa, no Observatório da Imprensa.

Por fim, o próprio Ombusdman da Folha de São Paulo, jornal que vem decaindo em termos de credibilidade pelos sucessivos exemplos de mau jornalismo, criticou a não-cobertura do Plano de Direitos Humanos por parte do jornal, que demorou 18 dias para achar que o dito plano merecia alguma atenção. O jornal produziu sucessivas reportagens repletas de problemas, segundo Carlos Eduardo Lins da Silva, em sua coluna na própria FSP.

É o que podemos chamar de "jornalismo de imprecisão" ou "jornalismo criador de causos". O processo democrático precisa de uma imprensa de qualidade! É preciso ter olhos abertos para o jornalismo de ocasião que vem sendo produzido por nossa "grande" imprensa.

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14 janeiro 2010

Nossa mídia não traduz o desenvolvimento brasileiro


O jornalista Rodrigo Vianna, no seu blog Escrevinhador, comenta artigo do empresário Emílio Odebrecht, em que o industrial brasileiro compara a cobertura internacional sobre o Brasil, que mostra nossa saída da crise e nossa entrada para o rol dos países desenvolvidos, enquanto que a mídia nacional somente se preocupa em procurar mazelas e construir crises, como se boa notícia, um Brasil em pleno crescimento intra e externamente, não fosse do interesse do povo brasileiro.

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09 janeiro 2010

Blog do Azenha


Vi o Mundo é o blog do jornalista Luiz Carloz Azenha. Um dos melhores espaços de contra-informação que temos hoje no Brasil, diante do discurso único, parcial e interessado da mídia tupiniquim. Ao contrário da Folha de São Paulo, o Blog Vi o Mundo você não pode deixar de ler!!!

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07 janeiro 2010

Leitura Critica da Comunicação

Juciano Lacerda
Prof. Decom/UFRN

Há uma máxima de Jesus Cristo: “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”. Recomendo-a para cada leitor-cidadão deste jornal, no sentido de sempre buscar mais de uma fonte de informação sobre as notícias de Natal e do Brasil. Se tiver uma manchete num jornal procure o mesmo tema em outros e confronte o que eles dizem. Vai perceber que nossa imprensa se posiciona politicamente justamente no que escreve nas manchetes e na decisão sobre que acontecimentos dar maior ou menor visibilidade.
Principalmente, em se tratando de pesquisas eleitorais. Se um jornal é a favor de um determinado candidato ou futuro candidato, se ele estiver bem, vai dar grande manchete anunciando sua ótima posição nas pesquisas. Se seu candidato vai mal, fala dele mesmo assim, pois se falasse do concorrente lhe daria mais visibilidade. Mas não vai dar na capa da edição impressa, nem na primeira página da versão para Internet.

Embora as TVs e Rádios sejam concessões públicas, elas foram loteadas por empresas e políticos (o que é contra a Constituição!). E as empresas de televisão e rádio, principalmente as regionais, acabam dando maior visibilidade aos interesses de seus grupos e não aos interesses dos cidadãos. Mas vendem toda essa informação como sendo “legítima”, “objetiva” e “imparcial”. Cidadão: duvide sempre! Duvidar é preciso”.
Quando um governo tem boas iniciativas, mas os grupos midiáticos lhe fazem oposição, você não vai ver bons comentários sobre tais iniciativas. Mas na hora que tal governo der um pequeno escorregão, todos vão ressoar críticas e mais críticas. É a chance dos grupos midiáticos e seus interessados políticos de quebrar ou sujar um pouco a imagem de um governo. Da mesma forma, se são simpatizantes de um determinado governo, vão minimizar as críticas e ampliar os elogios.

Portanto, é necessário exercer sempre uma leitura crítica dos meios de comunicação. E trata-se de coisa muito simples: nunca ficar na primeira notícia ou manchete. Ler os textos na íntegra, pois às vezes dizem uma coisa na manchete e outra no texto, contraditória. Bingo! Se você descobre isso, já é um posicionamento crítico de sua parte. Comparar as edições dos telejornais, para ver quem deu tal notícia e como a apresentou para os telespectadores e comparar as diferenças de abordagem. Você vai perceber coisas muito interessantes.

Lembre-se sempre que a notícia tem grande importância social, mas também é, ao mesmo tempo, um produto à venda pelas empresas de comunicação. Desta forma, entre o lucro e os interesses dos cidadãos, geralmente os grupos midiáticos ficam com o primeiro. Defenda o seu direito de ter acesso à informação de qualidade. Seja um leitor crítico da comunicação!

Publicado no Jornal A Ordem, Natal-RN, p. 10 - 10, 29 nov. 2009.

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Conferência Estadual de Comunicação do RN

Juciano Lacerda
Prof. Decom/UFRN

Na quarta-feira 18 de novembro, representantes do poder público, da sociedade civil e das empresas de comunicação (televisão, rádio, telecomunicações etc) estiveram no auditório da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, em Natal, para decidir os principais pontos do estado para a I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), a acontecer em Brasília-DF.

Você sabia que o direito à Comunicação é também um direito fundamental nos dias de hoje? Que as TVs Globo, Record, SBT, Bandeirantes, Rede Vida, Canção Nova, RedeTV, CNT são concessões públicas, ou seja, o canal que elas transmitem para todo o Brasil é nosso! E sabia que eles não pagam nem os impostos sobre serviços sobre toda a publicidade que abocanham das empresas ao veicularem seus comerciais? Tantos benefícios recebem do Estado e da Sociedade, mas oferecem tão pouca ou quase nenhuma programação educativa ou local para nossa cidade.

Faça as contas! Durante 24 horas de programação da Rede Globo, em Natal, o que temos de programação local: 20 minutos de manhã, 10 minutos no meio da manhã, 20 minutos à tarde e 10 a 15 minutos à noite. Todos esses programas são jornalísticos, ou seja, não são exibidos na Globo programas musicais, artísticos ou educativos feitos em Natal. Em resumo, menos de 1 hora por dia de programação local, quando deveríamos ter 7,2 horas de programas produzidos no Rio Grande do Norte. E essa lógica não é cumprida também pelos demais canais. Pense o quanto de empregos seriam gerados se cada uma das redes produzisse em Natal uma programação local?

E no campo do rádio, o absurdo ainda é maior. As rádios comunitárias, que tanto servem as populações de nossas pequenas cidades do Interior, são fechadas arbitrariamente pela Anatel por motivos banais, enquanto que várias concessões de rádio e TV pelo Estado estão vencidas há mais de cinco anos e operam em condição ilegal, mas não sofrem represálias do Ministério das Comunicações. Ou seja, para os grandes, a complacência, para os pobres e pequenos, a Lei.

Cabe a nós, a defesa de uma comunicação democrática em que a população tenha espaço para defender os seus direitos. Hoje, 90% dos canais de rádio e televisão estão nas mãos dos empresários e políticos. É preciso que haja maior equilíbrio com a presença de canais públicos (40%), privados (40%) e estatais (20%).

Portanto, é o momento de nós cidadãos lutarmos pela maior qualidade da televisão e do rádio brasileiros, para que os processos democráticos possam se desenvolver com transparência e em defesa do direito público.

Publicado em A Ordem, Natal-RN, v. 47, p. 10 - 10, 22 nov. 2009

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