Nossa mídia é independente? Um exemplo da revista Época
Da coluna Toda Mídia (para assinantes), de Nelson de Sá, na Folha de São Paulo (06/08/2007).
Na capa do "Wall Street Journal" sobre "o homem mais rico do mundo", "Slim faz seus bilhões à velha maneira: monopólios". Na primeira frase do texto, "Slim é o Senhor Monopólio do México". Já na revista "Época", da Globo, associada de Slim na Net, lá pelo meio do texto, o registro de que, "tanto Bill Gates [o mais rico anterior] quanto Carlos Slim enfrentam competidores, mas ambos têm conseguido manter níveis elevados de controle de seus mercados".
Em quadro no "WSJ", as diretrizes de Slim, tipo "negar acesso a sua rede", "dumping" etc. Em quadro na revista, as "regras de ouro do bilionário", oficiais, tipo "otimismo sempre rende frutos", "manter austeridade fortalece" etc.
Como garantir, então, que os interesses do mercado neo-liberal não se sobreponham em tantos outros temas cobertos pela imprensa, se no caso do tratamento do modelo de riqueza do mexicano Slim, parceiro da Globo, temos tamanha conivência. Agora pensemos no bombardeio sobre a Infraero. É uma empresa que rende milhões em taxas, mensalmente. Quanta gente não deve estar louca para decretar sua incompetência nas mãos do Estado, para justificar a "necessidade" da privatização da estatal que gerencia os aeroportos nacionais?
Na capa do "Wall Street Journal" sobre "o homem mais rico do mundo", "Slim faz seus bilhões à velha maneira: monopólios". Na primeira frase do texto, "Slim é o Senhor Monopólio do México". Já na revista "Época", da Globo, associada de Slim na Net, lá pelo meio do texto, o registro de que, "tanto Bill Gates [o mais rico anterior] quanto Carlos Slim enfrentam competidores, mas ambos têm conseguido manter níveis elevados de controle de seus mercados".
Em quadro no "WSJ", as diretrizes de Slim, tipo "negar acesso a sua rede", "dumping" etc. Em quadro na revista, as "regras de ouro do bilionário", oficiais, tipo "otimismo sempre rende frutos", "manter austeridade fortalece" etc.
Como garantir, então, que os interesses do mercado neo-liberal não se sobreponham em tantos outros temas cobertos pela imprensa, se no caso do tratamento do modelo de riqueza do mexicano Slim, parceiro da Globo, temos tamanha conivência. Agora pensemos no bombardeio sobre a Infraero. É uma empresa que rende milhões em taxas, mensalmente. Quanta gente não deve estar louca para decretar sua incompetência nas mãos do Estado, para justificar a "necessidade" da privatização da estatal que gerencia os aeroportos nacionais?
Marcadores: ensino jornalismo, epoca, independencia, infraero, slim
1 Comments:
oi, Ju!!!
Beijos e muitas saudades! Quando vc vem por aqui?
Angel Mix
Postar um comentário
<< Home