Leia a sétima edição da revista Rastros
Texto de apresentação da sétima edição da Rastros - Revista do Núcleo de Estudos em Comunicação (Necom) do Curso de Comunicação Social do Ielusc, avaliado no Enade com nota 4.
O número sete é rico de múltiplos significados em nossas culturas: os sete dias da criação do mundo, segundo a perspectiva judaico-cristã; os sete astros do sistema solar caldeu; a classificação das sete maravilhas do mundo antigo e do contemporâneo; as sete notas musicais ou as sete cores do arco-íris. Estas e tantas outras elaborações com o número sete apontam para a perfeição. Por isso, o fato de a Rastros chegar à edição número sete pode ser interpretado como essa busca em contribuir com o aperfeiçoamento, a qualificação, a sistematização de conhecimentos no campo da Comunicação.
Abrimos esta sétima edição, número cabalístico, com uma discussão tríplice: “Comunicação, Poder e Cidadania”, desenvolvida por Venício A. de Lima, pesquisador sênior do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da UnB e autor convidado deste número, cujo texto foi base de sua palestra na abertura da Semana Acadêmica de Comunicação Social do Ielusc em outubro de 2006. Para Venício, a sociedade brasileira ainda não alcançou a plena cidadania por impedimentos em torno da democratização dos meios de comunicação e das políticas vigentes no país.
Um dos aspectos contemporâneos da comunicação citados pelo pesquisador da UnB é a convergência digital dos meios, cujo ápice é a internet. As conseqüências da digitalização e da convergência retornam em outros artigos desta edição, em diferentes matizes. É no eixo da cidadania e da perspectiva das mudanças sociais associadas ao uso das novas tecnologias de comunicação, especialmente a internet, que Manuela Rau de A. Callou, doutoranda em Comunicación y Periodismo na Universidade Autônoma de Barcelona, e Juciano Lacerda, doutorando em Comunicação na Unisinos e professor do Ielusc, abordam iniciativas de inclusão digital levadas a cabo em Pernambuco. Adilson Cabral, doutor em Comunicação pela Umesp e professor da Universidade Federal Fluminense, retoma o tema ao situar os ambientes do ciberespaço e da Web a partir dos processos comunicacionais que decorrem desses lugares, como perspectiva de uma nova disciplina, a Webcomunicação.
Ana Paula da Rosa, mestranda em Comunicação e Linguagens na Universidade Tuiuti do Paraná, questiona a construção do olhar a partir da análise de duas fotos da guerra do Iraque, uma delas publicada no jornal paranaense Gazeta do Povo e outra integrante de uma exposição fotográfi ca. Em tempos de novas(?) tecnologias da comunicação e informação, seu artigo parte de uma tecnologia clássica para apontar uma discussão sempre necessária: “Não há realidade pura, inocente, sem a mediação técnica”. E dois artigos seguintes apontam empiricamente para transformações no jornalismo e no acesso a informações mediadas pelas técnicas de publicações on-line e das estratégias de busca de informação na Web.
Taís Marina Tellaroli, mestranda em Comunicação Midiática na Unesp-Bauru, analisa os sistemas de atualização das notícias publicadas em dois portais locais de Campo Grande (MS). Os pesquisadores do Neci (Núcleo de Estudos em Comunicação e Inovação), Elias Estevão Goulart, Regina Rossetti e Annibal Heten Junior apresentam nove formas de busca de informação na Web e comparam as técnicas e experiências realizadas no Brasil e na Universidade de Telaviv.
Na seção Entrevista, Silnei Soares e Pedro Russi dialogam com Irene Machado, professora da Pós-Graduação em Comunicação da ECA-USP e especialista em Mikhail Bakhtin. Abordar o pensamento de Bakhtin é o modo como coroamos os estudos realizados no Necom, durante o primeiro semestre de 2006, sobre a obra do semioticista russo.
O texto de iniciação científica de Daiana Ruff da Silva, bolsista do Pibic/CNPq no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos, é um bom exemplo do exercício metodológico-reflexivo sobre a experiência do pesquisador iniciante no processo de preparação e execução do trabalho de campo.
Encerra esta edição da Rastros a resenha produzida por Melanie Peter, acadêmica de jornalismo e bolsista do Necom, que apresenta o último livro de Muniz Sodré, “Estratégias Sensíveis: afeto, mídia e política”.
Que a leitura deste número cabalístico da Rastros colabore, leitor, com as suas viagens reflexivas sobre o campo da Comunicação em suas perspectivas teórico-empíricas.
Juciano Lacerda
Pesquisador do Necom
O número sete é rico de múltiplos significados em nossas culturas: os sete dias da criação do mundo, segundo a perspectiva judaico-cristã; os sete astros do sistema solar caldeu; a classificação das sete maravilhas do mundo antigo e do contemporâneo; as sete notas musicais ou as sete cores do arco-íris. Estas e tantas outras elaborações com o número sete apontam para a perfeição. Por isso, o fato de a Rastros chegar à edição número sete pode ser interpretado como essa busca em contribuir com o aperfeiçoamento, a qualificação, a sistematização de conhecimentos no campo da Comunicação.
Abrimos esta sétima edição, número cabalístico, com uma discussão tríplice: “Comunicação, Poder e Cidadania”, desenvolvida por Venício A. de Lima, pesquisador sênior do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da UnB e autor convidado deste número, cujo texto foi base de sua palestra na abertura da Semana Acadêmica de Comunicação Social do Ielusc em outubro de 2006. Para Venício, a sociedade brasileira ainda não alcançou a plena cidadania por impedimentos em torno da democratização dos meios de comunicação e das políticas vigentes no país.
Um dos aspectos contemporâneos da comunicação citados pelo pesquisador da UnB é a convergência digital dos meios, cujo ápice é a internet. As conseqüências da digitalização e da convergência retornam em outros artigos desta edição, em diferentes matizes. É no eixo da cidadania e da perspectiva das mudanças sociais associadas ao uso das novas tecnologias de comunicação, especialmente a internet, que Manuela Rau de A. Callou, doutoranda em Comunicación y Periodismo na Universidade Autônoma de Barcelona, e Juciano Lacerda, doutorando em Comunicação na Unisinos e professor do Ielusc, abordam iniciativas de inclusão digital levadas a cabo em Pernambuco. Adilson Cabral, doutor em Comunicação pela Umesp e professor da Universidade Federal Fluminense, retoma o tema ao situar os ambientes do ciberespaço e da Web a partir dos processos comunicacionais que decorrem desses lugares, como perspectiva de uma nova disciplina, a Webcomunicação.
Ana Paula da Rosa, mestranda em Comunicação e Linguagens na Universidade Tuiuti do Paraná, questiona a construção do olhar a partir da análise de duas fotos da guerra do Iraque, uma delas publicada no jornal paranaense Gazeta do Povo e outra integrante de uma exposição fotográfi ca. Em tempos de novas(?) tecnologias da comunicação e informação, seu artigo parte de uma tecnologia clássica para apontar uma discussão sempre necessária: “Não há realidade pura, inocente, sem a mediação técnica”. E dois artigos seguintes apontam empiricamente para transformações no jornalismo e no acesso a informações mediadas pelas técnicas de publicações on-line e das estratégias de busca de informação na Web.
Taís Marina Tellaroli, mestranda em Comunicação Midiática na Unesp-Bauru, analisa os sistemas de atualização das notícias publicadas em dois portais locais de Campo Grande (MS). Os pesquisadores do Neci (Núcleo de Estudos em Comunicação e Inovação), Elias Estevão Goulart, Regina Rossetti e Annibal Heten Junior apresentam nove formas de busca de informação na Web e comparam as técnicas e experiências realizadas no Brasil e na Universidade de Telaviv.
Na seção Entrevista, Silnei Soares e Pedro Russi dialogam com Irene Machado, professora da Pós-Graduação em Comunicação da ECA-USP e especialista em Mikhail Bakhtin. Abordar o pensamento de Bakhtin é o modo como coroamos os estudos realizados no Necom, durante o primeiro semestre de 2006, sobre a obra do semioticista russo.
O texto de iniciação científica de Daiana Ruff da Silva, bolsista do Pibic/CNPq no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos, é um bom exemplo do exercício metodológico-reflexivo sobre a experiência do pesquisador iniciante no processo de preparação e execução do trabalho de campo.
Encerra esta edição da Rastros a resenha produzida por Melanie Peter, acadêmica de jornalismo e bolsista do Necom, que apresenta o último livro de Muniz Sodré, “Estratégias Sensíveis: afeto, mídia e política”.
Que a leitura deste número cabalístico da Rastros colabore, leitor, com as suas viagens reflexivas sobre o campo da Comunicação em suas perspectivas teórico-empíricas.
Juciano Lacerda
Pesquisador do Necom
Marcadores: comunicacao, ielusc, Internet, necom, qualis, rastros, revistas científicas, web
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