Jornal A Notícia é vendido ao Grupo RBS
No blog da Coluna De Olho na Capital, do jornalista César Valente, de Florianópolis, a notícia de que o grupo RBS (Rede Brasil Sul) comprou o jornal A Notícia, de Joinville. O próprio grupo RBS enviou na tarde desta quinta-feira nota oficial, através de sua Assessoria de Imprensa, que transcrevo abaixo:
NOTA À IMPRENSA
As empresas RBS Comunicações S.A. e A Notícia S.A Empresa Jornalística concluíram, no dia 23/08/2006, os termos que viabilizarão - após aconclusão das auditorias usuais neste tipo de operação - a integração do jornal A Notícia, de Joinville/SC, à RBS.
Acordaram ainda que até 20/09/2006 serão elaborados os contratos definitivos da operação. Uma vez concretizada a transação, a RBS assumirá em 21/09/2006 a gestão da empresa A Notícia S.A Empresa Jornalística, quando também anunciará seus planos de desenvolvimento para o jornal.
A Notícia, fundado em 24/02/1923, editado na cidade de Joinville/SC, circula em 260 municípios catarinenses, com uma tiragem auditada pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC), em julho do corrente, de 32.111 exemplares/dia.
Assessoria de Comunicação RBS
Anik Suzuki ( anik.suzuki@rbs.com.br)
Analú Fischer (analu.fischer@rbs.com.br )
Avenida Erico Verissimo, 400 - 5º andar - Porto Alegre/RS - 90160-180
A hegemonia do Grupo RBS define a consolidação da propriedade cruzada dos meios de comunicação em Santa Catarina.
No texto "Concentração em marcha batida", Venício A. de Lima, pesquisador do Nemp (Universidade de Brasília) e articulista do Observatório da Imprensa, faz uma crítica ao contrato entre a Companhia Brasileira de Multimídia (CBM) e a Central Nacional de Televisão (CNT).
Ao final do texto, o pesquisador da UNB ressalta o "exemplo sulino" de concentração dos meios de comunicação da RBS. Diz Lima: "O melhor exemplo continua sendo o Grupo RBS, que atua no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Segundo anúncio publicado na edição de 2005 do Mídia Dados, o grupo detinha o controle de 6 jornais, 25 emissoras de rádio, 18 emissoras de TV afiliadas à Rede Globo, 2 emissoras de TV locais, um portal de internet e uma operação voltada para o segmento rural."
Bem, agora são 7 os jornais controlados pelo Grupo RBS. E se até agora tínhamos uma "esfera pública midiática" impressa catarinense polarizada em duas vozes de maior peso estadual, Diário Catarinense e A Notícia, passaremos a uma realidade de monopólio mediada pelas regras e interesses institucionais de um único grupo midiático.
O que isso vai representar em termos de circulação de idéias, lógicas empresariais de constituição do corpo jornalístico e tratamento da informação? Fica a pergunta. Um aspecto é plausível: grande parte do material produzido pela RBS vem de sua central de notícias, de sua agência regional, sediada em Porto Alegre. Portanto, quem garantirá a manutenção do modelo de jornalismo e o quadro profissional de A Notícia, quando a empresa sofrer a sua "reengenharia" por parte da sócia majoritária?
NOTA À IMPRENSA
As empresas RBS Comunicações S.A. e A Notícia S.A Empresa Jornalística concluíram, no dia 23/08/2006, os termos que viabilizarão - após aconclusão das auditorias usuais neste tipo de operação - a integração do jornal A Notícia, de Joinville/SC, à RBS.
Acordaram ainda que até 20/09/2006 serão elaborados os contratos definitivos da operação. Uma vez concretizada a transação, a RBS assumirá em 21/09/2006 a gestão da empresa A Notícia S.A Empresa Jornalística, quando também anunciará seus planos de desenvolvimento para o jornal.
A Notícia, fundado em 24/02/1923, editado na cidade de Joinville/SC, circula em 260 municípios catarinenses, com uma tiragem auditada pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC), em julho do corrente, de 32.111 exemplares/dia.
Assessoria de Comunicação RBS
Anik Suzuki ( anik.suzuki@rbs.com.br)
Analú Fischer (analu.fischer@rbs.com.br )
Avenida Erico Verissimo, 400 - 5º andar - Porto Alegre/RS - 90160-180
A hegemonia do Grupo RBS define a consolidação da propriedade cruzada dos meios de comunicação em Santa Catarina.
No texto "Concentração em marcha batida", Venício A. de Lima, pesquisador do Nemp (Universidade de Brasília) e articulista do Observatório da Imprensa, faz uma crítica ao contrato entre a Companhia Brasileira de Multimídia (CBM) e a Central Nacional de Televisão (CNT).
Ao final do texto, o pesquisador da UNB ressalta o "exemplo sulino" de concentração dos meios de comunicação da RBS. Diz Lima: "O melhor exemplo continua sendo o Grupo RBS, que atua no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Segundo anúncio publicado na edição de 2005 do Mídia Dados, o grupo detinha o controle de 6 jornais, 25 emissoras de rádio, 18 emissoras de TV afiliadas à Rede Globo, 2 emissoras de TV locais, um portal de internet e uma operação voltada para o segmento rural."
Bem, agora são 7 os jornais controlados pelo Grupo RBS. E se até agora tínhamos uma "esfera pública midiática" impressa catarinense polarizada em duas vozes de maior peso estadual, Diário Catarinense e A Notícia, passaremos a uma realidade de monopólio mediada pelas regras e interesses institucionais de um único grupo midiático.
O que isso vai representar em termos de circulação de idéias, lógicas empresariais de constituição do corpo jornalístico e tratamento da informação? Fica a pergunta. Um aspecto é plausível: grande parte do material produzido pela RBS vem de sua central de notícias, de sua agência regional, sediada em Porto Alegre. Portanto, quem garantirá a manutenção do modelo de jornalismo e o quadro profissional de A Notícia, quando a empresa sofrer a sua "reengenharia" por parte da sócia majoritária?
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