Blogs e Leitura Crítica da Comunicação
Um aluno meu de Meios Internet II, Rogério Giessel, enviou-me texto do jornalista Carlos Castilho, editor do blog “Código Aberto”, publicado no Observatório da Imprensa. O texto trata de um fato importante para o Jornalismo Digital: “a Comissão Eleitoral dos Estados Unidos concedeu, esta semana, aos blogs as mesmas garantias concedidas aos jornais no tratamento de informações políticas relacionadas à eleições em qualquer nível”. Aqui, mas do que destacar o mesmo fato, que o jornalista já aborda com boa fundamentação, quero tratar de um aspecto levantado por ele, que toca o campo de pesquisa que trabalho: novas tecnologias e participação cidadã. No texto, ele aponta como conseqüência desse estágio da cultura blogueira uma nova dimensão do que nos movimentos sociais denominamos “Leitura Crítica da Comunicação”. Afirma Castilho: “Como a oferta informativa tende a crescer, está surgindo também um novo comportamento entre os eleitores que se informam pela Web. Eles são obrigados a procurar contextualizar a notícia, identificando beneficiados, prejudicados, causas e conseqüências. É a leitura crítica da mídia ganhando dimensões de fenômeno de massa.”
Em princípio, tenho o seguinte ponto de vista: toda leitura é crítica! Caso contrário, teremos que admitir que as pessoas não fazem nenhum juízo ao ler qualquer coisa. O que é impossível. Podemos falar em níveis de elaboração da crítica, mas ela sempre existe. Estão aí para confirmar essa proposição os estudos do campo da Recepção dos meios.
Agora, a prática da leitura crítica (LCC) como um fenômeno com tais dimensões apontadas por Castilho, ou melhor, como prática cotidiana pela grande oferta de versões e informações sobre os acontecimentos (pluralidade e diversidade) seria algo que sempre desejaram e incentivaram nas organizações populares de toda a América Latina organizações como a União Cristã Brasileira de Comunicação (UCBC), Asociación Latinoamericana de Educación Radiofónica (ALER), World Association for Christian Communication (WACC) e em tempos de midiatização digital a Communication Rights in the Information Society (CRIS). Questões que merecem ser pesquisadas são: que dimensões são estas? Que cidadãos estão participando desse processo? Como participam?
Para mim, quando pessoas questionam a credibilidade de um blog (problema que para Castilho vai estar sempre presente), vejo como positivo. É essa capacidade de duvidar de verdades uma das bases fundamentais da Leitura Crítica da Comunicação. Que esta dúvida sobre os blogs se estenda aos demais meios de comunicação, principalmente à mídia tradicional e institucionalmente reconhecida. Para não me estender muito, vejo que um aspecto crucial para uma cultura de leitura crítica é ter uma oferta plural e diversa. E se já começamos a ter essa oferta na Web, não podemos dizer o mesmo sobre nossos canais de televisão abertos e “gratuitos”, nossas rádios FM e AM e nossas empresas jornalísticas.
Falta-nos ainda diversidade e pluralidade! Que o debate sobre a TV Digital possa nos ajudar a repensar esse ponto sempre esquecido por nosso políticos, pois grande parte deles são donos de veículos de comunicação.
Em princípio, tenho o seguinte ponto de vista: toda leitura é crítica! Caso contrário, teremos que admitir que as pessoas não fazem nenhum juízo ao ler qualquer coisa. O que é impossível. Podemos falar em níveis de elaboração da crítica, mas ela sempre existe. Estão aí para confirmar essa proposição os estudos do campo da Recepção dos meios.
Agora, a prática da leitura crítica (LCC) como um fenômeno com tais dimensões apontadas por Castilho, ou melhor, como prática cotidiana pela grande oferta de versões e informações sobre os acontecimentos (pluralidade e diversidade) seria algo que sempre desejaram e incentivaram nas organizações populares de toda a América Latina organizações como a União Cristã Brasileira de Comunicação (UCBC), Asociación Latinoamericana de Educación Radiofónica (ALER), World Association for Christian Communication (WACC) e em tempos de midiatização digital a Communication Rights in the Information Society (CRIS). Questões que merecem ser pesquisadas são: que dimensões são estas? Que cidadãos estão participando desse processo? Como participam?
Para mim, quando pessoas questionam a credibilidade de um blog (problema que para Castilho vai estar sempre presente), vejo como positivo. É essa capacidade de duvidar de verdades uma das bases fundamentais da Leitura Crítica da Comunicação. Que esta dúvida sobre os blogs se estenda aos demais meios de comunicação, principalmente à mídia tradicional e institucionalmente reconhecida. Para não me estender muito, vejo que um aspecto crucial para uma cultura de leitura crítica é ter uma oferta plural e diversa. E se já começamos a ter essa oferta na Web, não podemos dizer o mesmo sobre nossos canais de televisão abertos e “gratuitos”, nossas rádios FM e AM e nossas empresas jornalísticas.
Falta-nos ainda diversidade e pluralidade! Que o debate sobre a TV Digital possa nos ajudar a repensar esse ponto sempre esquecido por nosso políticos, pois grande parte deles são donos de veículos de comunicação.
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